sábado, 15 de dezembro de 2012

Sofia Borges e a manipulação

Obra fotográfica da mais nova artista a expor na 30. Bienal de São Paulo, a paulista Sofia Borges, de 28 anos.
Trabalho da fotógrafa paulista Sofia Borges na trigésima bienal de São Paulo
Foto-pintura de Sofia Borges


O cineasta Jean-Luc Godard afirmou uma vez que toda boa obra de ficção deveria parecer um documentário em seu resultado final, o mesmo valendo para o gênero documentário, o qual tanto melhor quanto mais permeável ao mundo ficcional, à invenção.


O trabalho da fotógrafa Sofia Borges parece seguir essa premissa de Godard: se a fotografia é a arte per se do registro, da documentação, e absolutamente reproduzível, por que não manipular suas técnicas ao extremo, fragmentando-a pela utilização de vários tempos de exposição, de várias temperaturas de cor, até criar uma outra realidade que já não é mais compatível com o registro inicial do aparelho câmera.

Por isso essa impressão de pintura em seus trabalhos, impressão de objetos e cenários estranhos, irreconhecíveis a um primeiro olhar. Uma atmosfera barroca e monstruosa, ao mesmo tempo. 

Como diz o dito popular: nem tudo o que reluz é ouro (embora possa parecer...).




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