quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A arte em cartaz - a escola polonesa do pôster

No final da II Guerra Mundial, devastada por alemães e russos, e mais uma vez comandada por um bloco imperial formado pela então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), a Polônia era um país em reconstrução. Em todos os níveis. Seus museus e prédios históricos ou foram parcial/totalmente destruídos ou encontravam-se em estado de semi-abandono, cercados por tapumes e estacas de madeira.

Da mesma forma que a economia acaba por criar seus próprios mercados a partir da demanda dos consumidores, a arte também não consegue esperar. Os poloneses encontraram no objeto pôster o meio mais contundente de espalhar sua arte pelos muros e cercas das principais cidades do país. Se não havia espaço para exibições e exposições, a nova tela, o novo quadro era a linguagem de pequeno porte do cartaz em papel, linguagem que se antes era associada à propaganda, hoje virou objeto de grande valor artístico, cada vez mais utilizado pelas intervenções urbanas de arte de rua, como lambe-lambes, paste-ups, colagens, slaps, stickers. E mesmo na publicidade convencional.

Os artistas poloneses executaram com imensa maestria a junção da linguagem sintética e concisa do design gráfico com a força e as cores do elemento pictórico. Daí nasceram pequenas obras-primas, nas quais predominam a sofisticação do desenho, da utilização das cores, e a síntese do elemento gráfico. 

Em 1968, foi fundado o Museu do Pôster de Wilanów como o primeiro museu no mundo dedicado a essa linguagem artística (http://www.postermuseum.pl/). 

Paralelamente, encomendas para cartazes de exposições, óperas, filmes, festivas se multiplicaram mundo afora, rendendo fama internacional ao estilo polônes de se pensar um cartaz. Abaixo, uma pequena mostra. 



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