sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A vida é arte...









As fotografias de Tina Modotti têm um estilo sóbrio, uma composição moderna e um olhar engajado.
Tina Modotti deixou vários legados. Lembramo-nos primeiro de sua obra fotográfica, depois pensamos na ativista política, depois na agitadora cultural da cena mexicana do final da década de 20, e depois na anfitriã do casório de Diego Rivera e Frida Kahlo, e, só depois, na menina italiana que migrou para a Califórnia, e então para o México, e viveu sua vida de maneira impulsiva e intensa. 

Antes de se mudar de vez para o México, Modotti atuou em Hollywood na época do cinema mudo. Foi quando conheceu o fotógrafo Edward Weston, de quem foi amante e aprendiz. Ambos viajaram por todo o país, que, na época, além de vibrar com uma vanguarda artística engajada, adotou vários intelectuais e artistas foragidos das turbulências políticas européias e latino-americanas.

Enquanto Weston se fartava com o lado etnográfico da cultura mexicana, Modotti preferia um olhar mais moderno, seco, focado nas duras condições sociais que encontrou no interior do país. Daí sua aproximação com o movimento muralista da época, e o registro feito das obras de José Clemente Orozco e Diego Rivera. 

E foi como amiga de Rivera que Modotti aroximou-se da jovem Frida Kahlo, tornando-se também amiga e confidente desta última. 

Tanto que, em 1942, quando Tina Modotti retorna ao México para rever a amiga de tantos anos, mal sabia que não chegaria a reencontrá-la. Sua morte precoce aos 46 anos, de falência cardíaca, ocorreu em 5 de janeiro daquele ano, logo após a sua chegada. E até hoje continua envolta sob suspeitas de assassinato por motivações políticas.

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