segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

sobre a white cube paulistana...

Vidros que revestem a meia-empena da primeira sala da White Cube paulistana - luz natural soma-se aos tubos de luz branca difusa que compõem a iluminação.
Tela de tecido bordado com reflexo do néon "those who suffer love" - na segunda sala da galeria.
Gosto dessa moldura, pra esse óleo sobre tela: é limpo e o formato valoriza o quadro. 
Néon da parede de entrada da segunda sala da galeria. 
Primeira obra a ser visualizada na exibição, ao fundo, na galeria principal.
Tela de tecido bordado que dá continuidade aos guaches e monotipias de nus femininos dessa série da obra de Emin.  
Instalação de Tracey Emin na exibição "You Don't Believe in Love But I Believe in You", feita de um colchão usado, velho e manchado, e um galho de árvore em cima.
Comentei alguns posts atrás a respeito da inauguração, no final do ano passado, da segunda filial da renomada galeria londrina, White Cube, fora do Reino Unido. A primeira, em Hong Kong; a segunda, aqui em São Paulo, mais especificamente na Vila Clementino (e não Vila Mariana, como alguns sites ou páginas na internet informam). 

Fora do eixo convencional das galerias paulistanas - a grande maioria delas concentradas na zona oeste ou centro - a filial paulistana da White Cube ocupa 2 grandes espaços de exibição de um antigo galpão antes utilizado como oficina mecânica. Pelas características do prédio - espaço amplo e pé-direito alto -, somado a uma iluminação natural privilegiada, seria muito difícil encontrar algo similar em São Paulo a um preço acessível e ainda assim razoavelmente bem localizado (parando na estação do metrô Santa Cruz, basta descer algumas quadras da Rua Loefgreen em direção à Rubem Berta; a galeria situa-se numa pequena rua paralela à Loefgreen, na última quadra antes da grande avenida que leva até Congonhas). 

Confesso que me surpreendi positivamente com o que vi na última sexta, quando visitei a White Cube aqui em São Paulo. Primeiro, as próprias características do prédio - o antigo galpão de oficina mecânica - contribuem positivamente para uma boa montagem das obras expostas. Numa primeira sala, a de abertura, a iluminação natural que atravessa uma estrutura de vidros jateados finalizando uma meia-empena, permitem a instalação de uma iluminação artificial complementar, menos intensa, baseada em tubos de luzes brancas situados bem no alto do galpão. Com isso, não há reflexo a obstruir a boa visualização dos guaches, monotipias e bordados da britânica Tracey Emin, a primeira artista representada pelo selo White Cube a ser exibida aqui (ainda haverá mais 3 exposições nesse ano de outros artistas da galeria). Além disso, há espaço suficiente para o display equilibrado de 4 instalações de Emin (uma delas, o colchão com o galho de árvore da foto). 

A segunda sala da galeria, um pouco menor, e menos iluminada, permite a exibição simultânea de uma video-arte de Emin no mesmo ambiente em que outras obras da artista também estão expostas, como monotipias, bordados e um neon verde com os dizeres "those who suffer love". 

E o hall de entrada, um espaço estreito separando a galeria da rua, dispondo apenas de um balcão com livros de arte - claro, dos artistas representados - e uma hostess simpática e "na dela", bem informada sobre qualquer detalhe que quiséssemos saber sobre a exposição e o modo de funcionamento da galeria.

Vale a pena a visita. Pelo espaço, pela produção da exposição, e pela obra de Emin, sobretudo observar a mudança de registro nas técnicas empregadas nos vários esboços de nu feminino que compõem grande parte dessa mostra da artista britânica, de nome "You don't believe in love, but I believe in you". Até 23 de fevereiro.

PS. todas as fotos de meu tele-móvel... 

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