Da mesma forma que a economia acaba por criar seus próprios mercados a partir da demanda dos consumidores, a arte também não consegue esperar. Os poloneses encontraram no objeto pôster o meio mais contundente de espalhar sua arte pelos muros e cercas das principais cidades do país. Se não havia espaço para exibições e exposições, a nova tela, o novo quadro era a linguagem de pequeno porte do cartaz em papel, linguagem que se antes era associada à propaganda, hoje virou objeto de grande valor artístico, cada vez mais utilizado pelas intervenções urbanas de arte de rua, como lambe-lambes, paste-ups, colagens, slaps, stickers. E mesmo na publicidade convencional.
Os artistas poloneses executaram com imensa maestria a junção da linguagem sintética e concisa do design gráfico com a força e as cores do elemento pictórico. Daí nasceram pequenas obras-primas, nas quais predominam a sofisticação do desenho, da utilização das cores, e a síntese do elemento gráfico.
Em 1968, foi fundado o Museu do Pôster de Wilanów como o primeiro museu no mundo dedicado a essa linguagem artística (http://www.postermuseum.pl/).
Paralelamente, encomendas para cartazes de exposições, óperas, filmes, festivas se multiplicaram mundo afora, rendendo fama internacional ao estilo polônes de se pensar um cartaz. Abaixo, uma pequena mostra.
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