entrada do auditório Ibirapuera |
Captura lateral do poliedro de concreto com a escultura ondulada em formato de língua projetado por Niemeyer para o auditório Ibirapuera |
No documentário “A Vida É Um Sopro”, sobre a vida e obra de
Oscar Niemeyer – infelizmente já indisponível no youtube por questões de
direitos autorais – Niemeyer é muito enfático em relação às suas influências,
ao convívio e aprendizado com o arquiteto francês Le Corbusier, sobre o
privilégio de ter trabalhado com o arquiteto e urbanista, Lúcio Costa, assim como reconhece o tempo todo a
importância de seus colaboradores – arquitetos, designers, engenheiros – sem os
quais nenhum de seus esboços e projetos poderiam sair do papel.
Essa questão do aspecto coletivo da arte, sobretudo no
cinema, arquitetura, escultura, e, cada vez mais, nas artes visuais, é
fundamental. Uma ideia, um conceito, é apenas uma faísca, uma gema bruta que
pede a contribuição de outros artistas para que, ao final, o resultado seja um
filme, um documentário ou um edifício, e mesmo uma instalação, a depender de
sua complexidade.
Sem roteiristas, fotógrafos, diretores de arte, atores,
técnicos de som, montadores, nenhum diretor de cinemas seria capaz de realizar
um filme. A mesma analogia vale para um arquiteto – para tocar vários projetos
simultaneamente, faz-se necessário a montagem de uma equipe de colaboradores,
e, no caso de Niemeyer, de uma rede complexa de escritórios, de outros arquitetos
renomados, designers, desenhistas, engenheiros, parcerias que viabilizaram suas ideias.
O mais doce é a forma como Niemeyer enfatiza esse trabalho
em equipe, como ele, o tempo todo, em "A Vida É Um Sopro", credita seus colaboradores –
do mais graduado ao mais simples – por tudo o que “ele” pôde construir (e, convenhamos, que "soprão" de vida)...
Janelas circulares do interior da biblioteca do Memorial da América Latina |
Interior do auditório Ibirapuera - rampas e curvas |
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