quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

o encantamento da catalogação...

Uma das coisas mais interessantes da última edição da bienal de artes de São Paulo foi o destaque dado ao caráter do fazer artístico. Seja uma obsessão, uma repetição, um artesanato sofisticado, ou uma técnica que demande horas de trabalho, um tempo de espera, paciência e meticulosidade. O resultado da obra está intrinsecamente ligado ao seu próprio processo de elaboração.

Esse mesmo caráter transformador do fazer artístico detalhado e minucioso, da catalogação e coleção, é elemento constitutivo da obra do artista norte-americano, sediado em São Francisco, Chris Cobb. Seu projeto, denominado "There is Nothing Wrong in this Whole Wide World", modificou não apenas a rotina mas toda a disposição interna da livraria "Adobe Books", em SF. Com a ajuda de 16 voluntários, num trabalho que consumiu 10 horas madrugada adentro, Cobb catalogou cada um dos 20 mil livros da livraria pela tonalidade de cor. O resultado é mágico, e, sem dúvida, nos remete a pensar se há algo de errado nesse grande e vasto mundo quando se tem vontade e energia para recriá-lo, para fazê-lo mais belo.

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