domingo, 3 de fevereiro de 2013

Monica Vitti, minha musa do cinema italiano...

Monica Vitti é minha atriz italiana preferida. Um dos motivos é sua beleza incomum, de nariz grande, olhar altivo, expressividade na frieza, uma boniteza existencialista. Outro motivo: é a musa da trilogia da incomunicabilidade do cineasta italiano Michelangelo Antonioni, com quem Vitti foi casada na época. Eles se conheceram no teatro, em Milão, o berço da formação dela, e então dublou alguns filmes para ele, até protagonizar "A Aventura" (1960), primeiro filme a formar a trilogia, junto com "A Noite" (1961) e "O Eclipse" (1962). 

Monica Vitti era uma atriz fora dos moldes estabelecidos de atuação em seu país. Provavelmente por sua formação teatral, seu temperamento e seu tipo de beleza - sofreu muita resistência da família e de certos produtores até se firmar como atriz respeitada. Muito curioso que nunca quis ser identificada com o padrão exuberante, maternal ou heróico da grande maioria das atrizes italianas de gerações anteriores, ou mesmo da sua própria. Optou por nunca fazer uma cirurgia plástica que diminuísse seu nariz - na minha opinião o que lhe deu seu porte aristocrático e refinado - e tampouco fazer papéis de "mocinha". Preferiu trilhar o caminho de uma expressividade questionadora, marcante por nunca se recusar a longos planos diante das câmeras. 

E tem mais uma coisa que sempre me chamou a atenção sobre Vitti: minha queda por Gisele Bündchen tem muito a ver com algum tipo de semelhança misteriosa que identifico entre as duas. 

PS. "La Vitti" completou 82 anos em novembro passado. Abaixo, um clipe tributo a ela, desses cafoninhas mesmo, mas que traz muitas imagens interessantes de stills de alguns de seus principais papéis no cinema.





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