sexta-feira, 12 de abril de 2013

video clipe, cinema e video-arte...

Algumas das referências do clipe "2013", da banda escocesa "Primal Scream": o quadro "Amantes", do pintor belga René Magritte; a obra "Butterflies Wallpaper", do britânico Damien Hirst, na qual 9 mil borboletas foram utilizadas; e a pintura de John Everett Millais, "Ophelia", de 1852, do acervo da Tate Gallery de Londres.
A modelo britânica Lily Cole protagoniza o clipe "Sacrilege", dos "Yeah Yeah Yeahs".
A indústria da música pop sofreu mudanças bruscas nos últimos anos. O papel das gravadoras alterou-se por completo; as bandas, hoje, ganham seu dinheiro com shows e turnês, já que todo mundo baixa música pela internet; e os video clipes adquiriram um destaque maior como divulgadores dos novos álbuns. A concorrência é cada vez maior, e, para manter seus nichos de mercado, a produção e realização dos clipes das bandas consideradas cults têm se sofisticado cada vez mais. 

O que isso significa na prática? Significa que o video clipe ganhou um status de obra de arte, abandonando seu caráter original de mera peça publicitária. Criadores ligados ao cinema e às artes visuais são responsáveis por essa mudança estética, mudança essa que traz consigo também não apenas um refinamento de linguagem e apuro visual como uma complexificação de temáticas, mais adultas e polêmicas. 

2 exemplos são bem representativos dessa tendência: os clipes mais recentes das bandas "Primal Scream" e "Yeah Yeah Yeahs" ("2013" e "Sacrilege", respectivamente). O primeiro, uma colagem de referências angariadas nas artes visuais; o segundo, uma narrativa à la Tarantino/irmãos Cohen/David Lynch, estrelada pela modelo britânica Lily Cole, que mostra o porquê do linchamento à Joana D'Arc de uma aparente moço ingênua nos EUA profundo. Confiram: "2013", do "Primal Scream", e depois "Sacrilege", com os "Yeah, Yeah, Yeahs".

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