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sábado, 22 de dezembro de 2012

A lei do mínimo esforço...

Durante a semana de moda de Paris, em setembro-outubro desse ano, o diretor do museu Galliera, Olivier Saillard - museu parisiense dedicado à história da moda - e a atriz inglesa, Tilda Swinton, apresentaram uma performance no Palais de Tokyo, principal centro de arte contemporânea da cidade, denominada "The Impossible Wardrobe" ("O Guarda-Roupa Impossível").

Durante 40 minutos, num cenário concebido como um show-room glamuroso, com um grande espelho antigo posicionado ao final de uma passarela, Saillard repassava a Tilda peças de vestuário do acervo do museu - jaquetas militares da era napoleônica, vestidos autênticos desenhados por Balenciaga, Chanel, Elsa Schiaparelli, além de inúmeros acessórios e vestimentas originais dos séculos XIX e XX.

Tilda usava apenas um vestido branco, como um avental, passando a ideia de uma tela em branco. Quando recebia as roupas ou acessórios de Saillard, ela os cheirava, segurava-os com um misto de reverência e desejo. Mostrava cada peça ao público como se fossem sagradas, como se carregassem consigo a alma de seus donos. Vesti-as raramente.

Saillard conta que não pensou em outra pessoa para protagonizar esse projeto. Para ele, a atriz britânica personifica um ser andrógino, uma entidade renascentista etérea, uma semi-deusa. Ao mesmo tempo, ele brinca ao falar que Tilda é bege, nude, uma moldura vintage para o tal guarda-roupa impossível.

Pessoalmente, tenho enorme admiração pelo trabalho de Swinton. Uma atriz ousada, de personalidade, que assume seus personagens sem passar a ideia de esforço para personificá-los, como se atuar fosse um vestido de caimento perfeito, alta-costura.

Simplesmente se "é" Tilda Swinton. Ponto.  

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Inez e Vinoodh

Me Kissing Vinoodh (Passionately), de 1999
Auto-retrato da dupla para a marca Lanvin, com base na série Me Kissing Vinoodh
Uma das fotos da série "Decades" clicada pela dupla para a revista Visionaire de outubro de 2006 - a pegada artsy e ainda surreal
Difícil escrever seus nomes; pronunciá-los, missão ainda mais difícil. Mas o fato é que Inez vam Lamsweerde e Vinoodh Matadin não são apenas um casal, mas um duo que há mais de 25 anos persevera no mundo da fotografia e da moda. 

Interessante a trajetória do trabalho desse casal de holandeses que se conheceu na faculdade - Inez, primeiro, era a fotógrafa; Vinoodh é quem foi para a moda. Por pouco tempo, porém, o trabalho dos 2 permaneceu desassociado. Assim como a via de mão dupla que estabeleceram entre sua arte e o mundo fashion e das celebridades. 

Operando a fotografia no registro da era digital, a dupla holandesa busca sempre por intermédio dos programas de retoque e manuseio high-tech de imagens criar uma atmosfera artsy, barroca e sexualizada de seus retratados. (se vocês acessarem o site o o tumblr dos 2, verão que as inúmeras séries de retratos e fotos fagocitam e moem pencas de referências que se estendem da sobriedade da pintura renascentista holandesa, do surrealismo, até Helmut Newton, Man Ray e Pedro Almodóvar).

Não à toa foram responsáveis por campanhas memoráveis de grandes marcas de moda - Lanvin, Dior, Gucci, Louis Vuitton -, assim como pelos retratos de artistas cults como Tilda Swinton até aos mais recentes fenômenos pop como Lady Gaga.

Para virar fetiche, é preciso referência de elegância, certo?


Retrato do estilista Alexander McQueen
Tilda Swinton em atmosfera maneirista - sobriedade holandesa
e Lady Gaga...