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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Edna Andrade - arte óptica e Philadelphia...

Foto da artista plástica norte-americana, radicada em Philadelphia, Edna Andrade (1917-2008)
Edna Andrade. E eu pensei que se tratasse de uma artista brasileira dos anos 60/70, contemporânea das "Lygias" e das "Miras", firmando sua identidade no geometrismo abstrato e na arte óptica. 

Depois de mais alguns poucos parágrafos lidos a respeito de Edna Andrade e sua trajetória, tomei um certo susto: não só a artista é norte-americana de nascimento, como passou toda a sua vida profissional, até sua morte, aos 91 anos, em Philadelphia, Estados Unidos. 

Influência fundamental na pop art e na obra de tantos outros artistas que encontraram no geometrismo em movimento sua forma de expressão, só agora, no final de 2012, depois de passados 4 anos de sua morte, é que a cidade de Philadelphia decidiu retribuir à Edna Andrade toda a dedicação da artista em formar pupilos (dava aulas na Escola de Artes Visuais da cidade), em produzir sua extensa e significativa obra, sempre privilegiando os museus e galerias da cidade para suas exibições. 

Philly deve isso a ela - o que me chama a atenção - o fato de Edna nunca ter deixado a cidade para alçar voos mais altos em NYC ou Londres, por exemplo. Sempre prestigiou a cidade que a acolheu. Por isso, preservar, pesquisar e divulgar seu legado artístico é o mínimo que a municipalidade norte-americana deve a Edna: ultrapassar as fronteiras locais para possibilitar ao mundo - outras instituições de arte, museus, coleções, escolas, pesquisadores, acadêmicos, jovens artistas, e público - conhecer a maestria e relevância de seu trabalho. 

Se Edna Andrade sempre foi conhecida, pessoalmente, por ser uma calorosa anfitriã, sempre pronta a receber amigos e alunos em sua casa-ateliê, Philadelphia deve, agora, fazer as honras da casa. Da Pennsyvalnia para o mundo...
As obras de Edna Andrade, em sua grande maioria, são dispostas em formato quadrado (40 x 40 ou variações), valendo-se de técnicas como o óleo sobre tela, acrílico sobre, sobre tecido.

sábado, 26 de janeiro de 2013

a "artequitetura"...


Daniel Arsham é um artista contemporâneo norte-americano que não se conteve na bi-dimensionalidade da arte. Escapou para a terceira dimensão, enveredando pela escultura, instalação, performance e pela intervenção arquitetônica e cênica dos espaços expositivos. Não se trata exatamente de um caminho pela arte site-specific, mas é inegável que seus mais recentes trabalhos, como a individual denominada "the fall, the ball, and the wall", no ano passado, na galeria OHWOW de Los Angeles, quer discutir os limites espaciais em que vivemos, discutir as interações entre os espaços construídos e a realidade ao redor. Com intervenções minimalistas, em fundo branco, Arsham brinca com a rigidez arquitetônica de tetos e paredes como nós os conhecemos funcionalmente - deixam de ser placas a dividir e separar ambientes para se tornarem matéria viva, que amortecem pesos que caem, escondem e revelam corpos, que se fundem de maneira sutil e ao mesmo tempo dramática com outras formas esculturais do quotidiano (relógios, lâmpadas, caixas de correio, saídas de ventilação de ar). Uma "artequitetura"...