imagens da exposição "Fabiola", de Francis Aylis, em Londres e NYC. |
Se Aylis pode ou não ser considerado o artista da instalação - ou melhor, coleção - das "Fabiolas", há controvérsias. Pouco importa. Talvez ele tenha sido o curador dessa exibição, escondida de forma espalhada e dispersa por vários países onde o culto underground à Santa Fabiola é compartilhado. Talvez "Fabiola" seja o resultado, somado, do tempo de uma vida, as horas que cada artesão ou artista amador despendeu para retratar essa figura. Francis Aylis foi, no mínimo, o revelador, o meio pelo qual veio a público o conjunto de fabiolas, iguais e reproduzíveis em sua representação. Faltava quem olhasse, olhasse, olhasse... e continuasse a olhar, até perceber a recorrência e a repetição do ícone da padroeira protetora dos casamentos a perigo.
(Hoje, no meu itinerário de trabalho, me propus a fazer um micro teste do olhar de Aylis, para algum tipo de representação iconográfica que se repetisse dentro de um mesmo contexto. Consegui, no máximo, formar um tríptico de imagens sacras, emolduradas por arames farpados ou pela própria grade de proteção que a separa da rua. Mais um dia de olhar, olhar, olhar... e continuar a olhar)...
imagens sacras emolduradas pela proteção da cidade - o arame farpado ou a grade - encontradas ao longo do meu itinerário de hoje: cemitério do araçá e colégio santa marcelina. |
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