Para encurtar a conversa, já estou na metade da 3a. temporada. Em menos de 2 semanas, comi, bebi, dormi e acordei "Game of Thrones". Deixei livros de lado. Até de sair à noite. Pela intensidade do apaixonamento, poderia criar um blog exclusivo para comentar a série. Prefiro, porém, confessar que me rendi ao feitiço e, depois, atiçar a vontade dos ainda não iniciados a aderir ao vício.
A atriz inglesa Gwendoline Christie, que interpreta a cavaleira andrógina Brienne de Thar: 1, 91m que colaboraram para que o papel fosse dela. |
Tirando as especificidades do physique du rôle, a interpretação de Gwendoline para Brienne de Thar é cativante. A atriz é muito bem-sucedida em dar tonalidade a uma cavaleira errante de grande força e coragem, cujos votos de lealdade a seus reis e senhores são inequívocos, pétreos. Ao mesmo tempo em que, com a tarefa de escoltar e devolver Ser Jaime Lannister (Nikolaj Coster-Waldau) à corte de King's Landing, ela se vê forçada a conviver com um nobre mimado, incestuoso, sem escrúpulos, aka Kingslayer por ter apunhalado pelas costas o rei ao qual ele devia servir e proteger. Uma cavaleira de ética irrepreensível frente à frente com um nobre sarcástico, vil e arrogante. Todavia, não sem qualidades. Pelo menos ao longo da relação de atração mútua que se desenvolve entre Ser Jaime e Brienne, entre dois mais diferentes, impossível. Uma brecha para a humanização de ambos: a redenção, para Jaime, e o afeto, para Brienne. Uma história de amor cheia de som e fúria, como talvez sejam as verdadeiras histórias de amor. Irracionais, ilógicas, mas de grande sentido místico, inexplicável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário